Quando estamos tentando emagrecer, uma das primeiras providências é acertar na alimentação saudável. Limitar o consumo de doces, alimentos gordurosos, regular as quantidades de ingestão às necessidades diárias do organismo. Mas e aquela cerveja no fim de semana, pode? E o vinho no jantar romântico ou o drink com as amigas?
O exagero nas bebidas alcoólicas apresenta muitos riscos para a saúde e também para a manutenção do peso ideal. Se você quer saber mais sobre a relação entre o consumo de álcool e ganho de peso, fique ligado no post!
Consumo de calorias vazias
Quando você toma uma xícara de leite integral, está ingerindo, aproximadamente, 150 calorias. Um copo de suco de laranja tem mais ou menos a mesma quantidade, e uma lata de cerveja também. A grande diferença entre essas três bebidas está bem além desse aspecto.
Junto com as calorias do leite e do suco de laranja, você está absorvendo nutrientes importantíssimos para o bom funcionamento do organismo, como o cálcio e a vitamina C. Já no caso da cerveja, do vinho, whisky e companhia não dá para dizer o mesmo.
Por isso, costumamos dizer que tomar bebidas alcoólicas significa consumir calorias em vão, pois não há nenhum nutriente associado que vá beneficiar o seu organismo. Como se não bastasse isso, as bebidas alcoólicas são o segundo alimento com maior densidade calórica, perdendo somente para as gorduras.
Aumento da fome
“Quando eu bebo, não tenho fome”, dizem alguns dos frequentadores mais assíduos dos bares do Brasil. A ciência discorda. Uma pesquisa publicada em 2017 no periódico científico Nature Communications e conduzida por cientistas do Francis Crick Institute, de Londres, concluiu que o consumo de bebidas alcoólicas faz o corpo acionar automaticamente o “modo faminto”.
Os pesquisadores britânicos descobriram que os drinks ativam os sinais neurais responsáveis pelo alerta de que a pessoa está com fome, o que explica um aumento no apetite de quem bebe.
Além disso, os alimentos associados ao momento social em que a bebida está envolvida também não são nada favoráveis à perda de peso: muitas frituras, gorduras e carboidratos simples. Isso se deve, em parte, pela oferta dos cardápios nos bares. Mas, em outra parte, porque o álcool compromete sua capacidade de fazer escolhas inteligentes e optar por alimentos mais saudáveis.
Impedimento da queima e eliminação de gorduras
Ao contrário de outras substâncias, como a gordura, o álcool não pode ser armazenado no organismo — o resultado desse armazenamento seria desastroso: pessoas bêbadas por dias seguidos, para dizer o mínimo. Por isso, o metabolismo do álcool é rápido: mal ele entra no corpo, já começa a ser eliminado.
A parte ruim desse processo é que, enquanto está ocupado livrando-se das bebidas consumidas, seu corpo está deixando de lado a queima e a eliminação de gorduras, principalmente aquelas que se acumulam na região abdominal. Daí a famosa e temida “barriga de chopp“.
Tal como a gordura, o álcool também é digerido no fígado, e o organismo possui uma lista de prioridades do que eliminar primeiro. No topo da lista, estão as drogas e as toxinas. Depois, vem o álcool. E, por fim, a gordura.
Ou seja, enquanto houver os dois primeiros no organismo, o terceiro não é queimado. Portanto, quanto mais tempo seu corpo precisa se dedicar à limpeza do álcool, mais gordura fica acumulada.
Desidratação do organismo
O álcool é um potente diurético — e todo mundo que já ficou apertado para ir ao banheiro várias vezes depois de tomar algumas cervejas sabe. Isso acontece porque o corpo precisa eliminar o álcool rapidamente e, por isso, os rins filtram uma quantidade maior de água logo após a ingestão das bebidas. O resultado é a desidratação.
A falta de água e sais minerais no organismo afeta todos os processos naturais, inclusive a queima de gordura. Ou seja, além de entrar no caminho da queima do tecido adiposo, o álcool ainda prejudica essa eliminação depois que já saiu totalmente do organismo.
Diminuição da qualidade do sono
Esse ponto pode parecer um pouco contraditório, já que muitas pessoas caem no sono muito rapidamente depois de um ou dois drinks. Mas quantidade não é a mesma coisa que qualidade do sono.
Mesmo que você se sinta mais sonolento depois de beber, isso não significa que terá um sono reparador. As noites dos beberrões são marcadas por maior incidência de distúrbios, como ronco, síndrome das pernas inquietas e apneia do sono.
O grande problema disso é que um bom descanso à noite é fundamental para quem deseja perder peso — já falamos no blog sobre como emagrecer dormindo. Se você não dorme bem, seu corpo terá mais dificuldades para queimar gordura e construir massa muscular, atrapalhando seu processo de emagrecimento.
Comprometimento do ganho de massa muscular
Você já sabe que o aumento de massa muscular ajuda na perda de peso, pois o metabolismo fica mais acelerado. O que você talvez não saiba é que o abuso no consumo de álcool prejudica o aumento dos músculos.
As bebidas alcoólicas podem reduzir em até 25% a síntese das proteínas musculares, além de baixar os níveis de testosterona — hormônio importante no processo de formação dos músculos. Elas também prejudicam a absorção da vitamina C e as do complexo B, todas fundamentais para o aumento da massa muscular.
Além de tudo isso, o consumo em excesso de bebidas alcoólicas ainda pode levar a problemas no fígado, osteoporose, aumento do risco de doenças cardiovasculares e inúmeros outros prejuízos para a saúde.
O segredo do bem-estar e da qualidade de vida está no equilíbrio. Se você já está em uma dieta de manutenção do peso e não tiver restrições de saúde, pode tomar um copo de cerveja ou uma taça de vinho ocasionalmente. Nesse estágio, é permitido sair um pouco da dieta aos fins de semana. O que não pode é exagerar. Já se o seu objetivo atual for a perda de peso, terá que maneirar nas bebidas, pelos motivos que apresentamos.
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