Todo mundo sabe que exercitar-se faz bem para a saúde. Porém, nem todos conhecem os benefícios que os exercícios proporcionam ao cérebro. Além de deixarem o organismo em forma e prevenirem o aparecimento de doenças, eles estimulam reações que favorecem corpo e mente, deixando a vida de quem os pratica mais saudável.
Neste artigo, você vai conhecer algumas dessas reações e perceber que, além de promover bom humor, interação social e melhora da autoestima, a prática de atividade física é uma poderosa aliada do cérebro.
Ficou curioso e quer saber mais? Então, continue a leitura e conheça as 7 reações do cérebro quando praticamos exercícios físicos!
1. Maior produção de dopamina
A prática de atividade física estimula neurônios que aumentam a produção de dopamina — um neurotransmissor que participa de várias funções cerebrais e é produzido em áreas diferentes do cérebro.
Ela desempenha um papel importante em características como atenção, motivação, cognição, memória, sono, humor e aprendizagem do indivíduo. Quando está em baixa, pode causar falta de memória, dificuldade de concentração, desmotivação e irritabilidade.
A dopamina está ligada ao bem-estar e às sensações de euforia e satisfação. Por esse motivo, ao término de uma atividade aeróbica intensa (ou de uma corrida), é comum experimentar felicidade, como se estivéssemos sendo recompensados por algo.
2. Aumento da produção de outros neurotransmissores
Os exercícios físicos favorecem a produção de novos neurônios, aumentando a atividade cerebral. Correr, nadar, andar de bicicleta, caminhar e outras atividades aeróbicas aumentam o fluxo sanguíneo no cérebro e ajudam a produzir neurotransmissores que são importantes para o funcionamento cognitivo do organismo.
Além da dopamina, outros neurotransmissores produzidos são: acetilcolina, serotonina, adrenalina e noradrenalina. A serotonina regula as emoções e a acetilcolina possui efeito vasodilatador e tem função importante na contração muscular.
Já a adrenalina e a noradrenalina aumentam o metabolismo e liberam glicose e ácidos graxos na corrente sanguínea, melhorando a vasodilatação. Sem contar que essas substâncias também estimulam o gasto energético, que é ótimo para perder uns quilinhos.
3. Melhora da função cognitiva
O sistema funcional cognitivo se refere às fases do processo de informação que envolvem memória, atenção, aprendizagem, percepção, linguagem, raciocínio, funções executivas, vigilância e soluções de problemas.
Pessoas que se exercitam frequentemente possuem melhor desempenho cognitivo em comparação com aquelas que não fazem nenhuma atividade física. Outro benefício dos exercícios para o cérebro é a secreção do fator neurotrófico.
Além disso, o lobo frontal é favorecido. Ele é responsável por processos cognitivos como atenção, concentração e memória, dentre outros. Isso faz com que a atividade física também esteja relacionada com a melhora do desempenho escolar e o desenvolvimento da inteligência (por meio da neurogênese, que é o aumento da produção de neurônios e das conexões).
4. Aumento do nível de BDNF
O Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro (BDNF) é uma proteína que tem sido bastante estudada nos últimos tempos, devido à sua relação com a melhora da plasticidade sináptica do hipocampo — região do cérebro que está ligada ao aprendizado.
Essa proteína afeta o sistema nervoso central e atua de forma benéfica no crescimento, no reparo e na diferenciação dos neurônios. Desse modo, uma grande quantidade de BDNF está relacionada à melhor saúde cerebral.
De acordo com pesquisa publicada no Centro Nacional de Biotecnologia, indivíduos que se exercitam com frequência moderada apresentam maior nível de BDNF. Ou seja: essas pessoas têm um melhor desempenho cognitivo, principalmente quando a atividade física está aliada a hábitos de vida saudáveis.
5. Desenvolvimento da neuroplasticidade
Neuroplasticidade é a capacidade que o cérebro tem de se reorganizar de acordo com seu uso. Trata-se, portanto, da habilidade de alterar propriedades funcionais e morfológicas conforme o ambiente e suas alterações.
Os exercícios físicos — principalmente os aeróbicos — favorecem esse processo, além de estimularem a divisão e a transformação de células-tronco recém-nascidas e fortalecerem as conexões neuronais. Uma caminhada de 30 minutos, por exemplo, já é suficiente para estimular a neuroplasticidade.
Ela melhora o fluxo de sangue para o cérebro, favorecendo a sua oxigenação e aumentando o metabolismo dos neurônios. Além disso, estimula a neuroproteção, prevenindo e ajudando a tratar doenças degenerativas como Parkinson, Alzheimer, demência e Huntington.
6. Indução da neurogênese
Ao se exercitar, uma pessoa estimula três atividades cerebrais que possuem importante papel no envelhecimento saudável. São elas: neurogênese, angiogênese e plasticidade. A neurogênese é a atividade mais beneficiada pelos exercícios físicos.
Ela está relacionada à criação de novos neurônios, que pode ocorrer durante toda a vida (e não apenas no período de crescimento do indivíduo). Além disso, ela previne que o hipocampo atrofie e se degenere.
A angiogênese está ligada à formação de novos vasos sanguíneos e a plasticidade se refere à habilidade do cérebro de se adaptar a novos estímulos e de reagir efetivamente a eles. Inclusive, essa atividade é muito influenciada pela prática de exercícios.
7. Liberação de endorfinas
As endorfinas são substâncias bioquímicas com poder analgésico muito conhecidas, principalmente pelos praticantes de atividades físicas. Elas agem como verdadeiros calmantes naturais, aliviando dores e regulando as emoções.
Quando o organismo libera essas substâncias, o corpo inteiro relaxa e a sensação de prazer promove bem-estar. Por esse motivo, a prática de exercícios moderados é bastante indicada para pessoas com estresse ou depressões leves, pois a endorfina é ótima para aliviar a tensão do dia a dia.
Porém, nem todas as atividades liberam essa substância. De acordo com Raul Santo de Oliveira, fisiologista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), as mais eficientes são aquelas predominantemente aeróbicas, como caminhada, corrida, natação, bicicleta, dentre outras.
Mas fica o alerta: o melhor exercício é aquele de que a pessoa gosta. Por isso, é importante que ela se identifique e não se sinta obrigada a fazer nada.
Como você pode perceber, não é só a condição física de uma pessoa que melhora quando ela se exercita. O cérebro também se beneficia com as diversas reações durante e depois dos exercícios.
Essas reações levam o indivíduo a experimentar sensações de bem-estar, redução de dores, satisfação e, até mesmo, um melhor desempenho nos estudos. São muitos os benefícios, não é mesmo?
E então, você concorda que corpo e mente são favorecidos pela prática de atividades físicas? Deixe um comentário e compartilhe sua opinião com a gente!
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